sábado, 4 de julho de 2009

CONTAMINAÇÃO DA ÁGUA É PESQUISADA NO MUNDO

PEQUENOS FRAGMENTOS DE MATERIAL GENÉTICO PODERIAM DESATIVAR OS GENES DE VÍRUS E BACTERIAS PRESENTE NA ÁGUA
• Por MARTA CHAVARRÍAS16 de junio de 2008-Fundação Eroski, Espanha –tradução Mauro Santiago Vaitsman


• Microorganismos patogênicos, despejos orgânicos, substâncias químicas, compostos orgânicos, sedimentos ou substâncias radioativas são alguns dos maiores riscos de contaminação da água e o que mais comprometem sua segurança. Aos tradicionais sistemas de desinfecção, como o cloro e luz ultravioleta , poderiam ser acrescentados agora uma nova técnica genética, desenvolvida por cientistas norte-americanos, a partir da tecnologia denominada RNA que consiste em ativar “interruptores moleculares” capazes de inibir a ação dos genes dos fungos que contaminam a água.Por MARTA CHAVARRÍAS
• A cada ano, mais de um milhão de pessoas ficam expostas à fontes de abastecimento de água potencialmente nocivas e quase dois de cada dez carecem de uma fonte de água potável segura. Estas são somente alguns cifras alentadoras da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre o acesso seguro ao elemento líquido,um gesto que no mundo desenvolvido se percebe como algo natural, porém nos países em desenvolvimento se traduzem em 1,8 milhões de mortes a cada ano, por causa de enfermidades diarréicas, das quais 90% são de crianças menores de cinco anos.


NOVAS TÉCNICAS PARA UMA MAIOR SEGURANÇA
Imersos na campanha do Decênio Internacional denominada "A ÁGUA, FONTE DE VIDA” (2005-2015), promovido pela organização sanitária internacional e cuja finalidade é intensificar os esforços para garantir o consumo seguro, cientistas norte-americanos da Universidade de Duke, acabam de apresentar uma técnica genética que poderia somar-se às medidas atuais para que o objetivo possa ser cumprido.
A investigação, que ainda se encontra em fase preliminar,baseia-se na denominada tecnologia RNA utilizando pequenos fragmentos de material genético coincidente com um segmento concreto dos genes dos fungos que podem contaminar a água.
O estudo, que parte de uma técnica utilizada há anos no âmbito biomédico, a denominada ARN (estudo da expressão gênica), poderia converter-se em um substituto dos tradicionais sistemas de descontaminação, como o uso do cloro. Os primeiros resultados demonstraram que se produz uma mínima alteração na qualidade organoléptica da água. Sabor e odor ficam praticamente inalterados e alguns microorganismos que haviam começado a demonstrar certa resistência aos tratamentos convencionais são eliminados. A investigação apresentada no encontro anual da American Society of Microbiology, em Boston, está em vias de converte-se em uma ferramenta eficaz para inibição de genes para o controle de bactérias e vírus na água.
OS PROBLEMAS

A contaminação da água e, especificamente os problemas que dela derivam, foram os temas abordados na conferência internacional “Water Pollution 2008”,organizada pelo Wessex Institute of Technology do Reino Unido junto com o Instituto da Água e das Ciências Ambientais e do grupo de investigação denominado “Modelagem Matemática de Sistemas”, da Universidade de Alicante.Durante a reunião, realizada semana passada em Alicante, foram tratadas distintas situações relacionadas com a contaminação das águas em países tão díspares como Austrália, México, Canadá, Portugal e Espanha, tanto da perspectiva da contaminação em lagos, rios, águas subterrâneas e aqüíferos, como do tratamento de dejectos e a contaminação agrícola.
Desde o princípio do século XX, o consumo mundial da água se multiplicou por sete, segundo dados da União Européia, um aumento paralelo as ameaças dos recursos hídricos, também cada vez maiores. Indústria ou atividade como a agricultura supõe uma nova carga e ameaça para a segurança da água, sobretudo tendo em conta, por exemplo, que as águas subterrâneas proporcionam uns 65% de toda a água potável na União Européia. Evitar que se contaminem com nitratos, praguicidas, metais pesados ou hidrocarbonetos clorados se tornou um dos maiores desafios em prol da qualidade hídrica.
Pautas para uma maior qualidade

Recentemente, um estudo dos norte=americanos informam que foram detectados traços de medicamentos na água destinada a umas 20 importantes cidades, entre elas Nova York, São Francisco, Washington ou Filadélfia. Fruto de cinco meses de investigação, os cientistas concluíram que a água está contaminada com uma grande variedade de fármacos: desde antibióticos a hormônios, anti-depressivos e até analgésicos.
A Agência de Proteção do Meio Ambiente (EPA- sigla em inglês) determina, sem dúvida, os níveis detectados estão muito além dos níveis considerados seguros. Mas como chegaram esses contaminantes à água?-inquirem.
Parte das pessoas absorvem os medicamentos e os expelem através da urina e passam a formar parte das águas residuais. Quando os tratamentos aplicados não são adequados, os resíduos podem chegar à rede de abastecimento.
Para reduzir riscos semelhantes, a OMS conta com o Guia para a Qualidade da Água, que pretende ser uma poderosa arma para a elaboração de regulamentos e normas que valem por uma maior qualidade das águas destinadas ao consumo.
Maior segurança microbiológica é um dos principais objetivos. Neste âmbito, têm sido realizados trabalhos e se elaborado uma listagem de produtos químicos mais envolvidos com esse tipo de contaminação em água engarrafada, sistemas de dessalinização ou na produção de alimentos.
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