Não vai demorar muito para que o negócio de explotação de água mineral seja feito apenas pelas grandes empresas.
É que, devido à elevada tributação, custos de conformidade ambiental e outras relevantes questões, as micro e pequenas empresas de água mineral não terão como suportar os elevados custos desse tipo de empreendimento.
As pessoas em geral não sabem e nem imaginam como são elevados os custos fixos e os custos variáveis de uma empresa de água mineral.
Em geral,as pessoas acham que a água é dada gratuitamente pela Natureza, o que é um grande engano, quando se trata de água mineral ou água natural.
Os custos e despesas são muito diferentes daqueles suportados por outros tipos ou formatos de negócios, embora possam haver semelhanças.
Em água mineral, é difícil inovar e ter uma gestão empresarial integrada, pois os preços de garrafões de 20 l, por exemplo, são pífios e quem lucra muito são aqueles que atuam no varejo.
Agora com a nova pauta do ICMS-ST, o preço base de cálculo do garrafão, será, a partir de 1º de setembro, de R$ 7,74, que resultara num ICMS a ser retido que a grande maioria dos compradores vai se recusar a pagar para a fonte repassar para a Fazenda Estadual.
O valor de R$ 7,74 foi levantado pela FIPE e adotado pelo Estado, sendo maior do que a pauta de São Paulo, em 16,5%, segundo o último informativo do DRM/RJ.
Este valor é excessivo, demonstrando que o segmento da água mineral é absolutamente desprezado pelo Governo do Estado, que insiste em tributar cada vez mais este segmento da indústria de bebidas.
O ICMS-ST deverá ser calculado sobre tal valor, deduzindo-se 18% do ICMS da própria operação, ou seja, sobre o valor do produto. A soma do valor do produto (que já contém o ICMS) com o ICMSST-produzirá o valor total da nota fiscal a ser emitida.
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